Não sou de metades, nem de mais ou menos

 

Não sei viver a minha vida sem emoção. Tudo o que não me emociona, fecha-me, afasta-me e ultrapassa-me.
Não sou de metades, nem de mais ou menos. 

Se não for para queimar, não quero. Se não for para sentir tudo, só me aborrece. E eu até tento adaptar-me nos meios termos, mas depressa me cansa pela falta de vibração. 

Depressa me passa a vontade, depressa o quente passa a frio. E luto, para aquecer. Para não me retirar. Digo o que penso e o que sinto. 

Quando for para sair, sei que saio com verdade, com honestidade.
Ninguém acorda de manhã a não sentir nada, mas acorda-se a não querer mais. 

Pelo que se perdeu, pelo que não se fez para ganhar. E se para uns, isso é o bastante... Para mim não! Para mim tem que explodir, arrebatar e transbordar. 

Para mim tem de ser fogo no meio da tempestade. Tem de queimar. Tem de deixar história para contar. 

E se o que eu sou e o que preciso não cabe noutras vidas, não é o meu lugar. Porque sem emoção, a vida não tem graça... É só mais uma no meio de tantas. Tem de marcar. Tem de fazer a diferença. E se não faz... Saio! Porque não tenho de satisfazer as expectativas dos outros, sem antes suprir as minhas.

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(Chocolate Não Dói.)